
Na vaquejada, um boi é solto em uma pista e dois vaqueiros, montados em cavalos, tentam derrubar o animal pelo rabo.
No mês passado, contudo, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu
derrubar uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada. Por 6 votos a
5, os ministros consideraram que a atividade impõe sofrimento aos
animais e, portanto, fere princípios constitucionais de preservação do
meio ambiente.
Mesmo com a decisão do Senado desta terça, prevalecerá o entendimento
da Suprema Corte. A proposta aprovada pelos parlamentares não
regulamenta a prática, com parâmetros e regras.
STF
A decisão da Corte em outubro provocou reações no Congresso Nacional. Além disso, na semana passada, manifestantes a favor da vaquejada chegaram a ocupar o gramado central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Defensores da atividade afirmam que a vaquejada faz parte da cultura
regional, que se trata de uma atividade econômica importante e movimenta
cerca de R$ 14 milhões por ano.
“Os espetáculos do rodeio e da vaquejada, que abrangem uma série de
manifestações esportivas, recreativas e culturais, consistem em
manifestações já há muito cultivadas pela população de diversas regiões
do país”, argumenta o senador Otto Alencar (PSD-BA), por exemplo,
relator da proposta.
Manchete PB